Com o Dia Mundial da Espondilite Anquilosante acontecendo em 7 de maio, preparamos um artigo para você entender melhor o que é e quais os principais sintomas que levam à suspeita da doença, que poucas pessoas conhecem e é de difícil diagnóstico.

A espondilite anquilosante causa inflamação de algumas articulações do corpo, principalmente o esqueleto axial, afetando a coluna e a articulação sacroilíaca, localizada na região do glúteo. Atinge principalmente os homens e os sintomas clínicos costumam aparecer a partir dos 20-30 anos de idade. O termo espondilite diz respeito à inflamação da espinha e o termo anquilosante significa fusão. Ou seja, a doença afeta também os movimentos entre as vértebras.

Até o momento, a doença não tem cura e não se chegou a uma conclusão sobre sua causa. Em casos mais graves, pode provocar lesões nos olhos, pulmão, coração, intestinos e pele. Se não tratada, pode se tornar uma doença incapacitante e por isso o diagnóstico correto é de extrema importância.

Então, como podemos suspeitar da espondilite anquilosante? Quais são os primeiros sinais e sintomas?

Normalmente o primeiro sintoma a se manifestar é a dor na região mais baixa da coluna, lombar e glúteos, que se torna crônica, persistindo por mais de 3 meses. Essa dor costuma ser maior durante o repouso e tende a aliviar com o movimento. Como os sintomas iniciais são muito parecidos com outras patologias, isso pode gerar uma demora no diagnóstico.

Além da dor, ocorre o comprometimento progressivo da mobilidade das articulações. A coluna gradativamente se torna mais rígida, chegando a ocorrer fusão das vértebras (anquilose).

O que acontece é que a doença altera as propriedades biomecânicas da coluna, levando à ossificação ligamentar, fusão articular vertebral, osteoporose e, como consequência, deformidade da coluna. Uma vez anquilosada, a coluna se torna mais propensa a fraturas que requerem cuidados adequados para evitar lesões neurológicas, incapacidade e deformidade progressiva.

Para auxiliar no diagnóstico, costuma ser usado o teste HLA B27, que é um marcador que nem sempre está presente, mas pode ajudar a identificar a doença. Além disso, a avaliação da articulação sacroilíaca, a partir da ressonância magnética e da cintilografia óssea, por exemplo, também deve ser considerada, pois é um achado muito comum na espondilite anquilosante.

Apesar de ainda não existir uma cura para a doença, o paciente precisa ser acompanhado a partir de medidas que ajudem a evitar a progressão da deformidade e consequente incapacidade. A abordagem é multidisciplinar e inclui o uso de medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia.


Dr. Rafael Barreto – CRM/SP 122.568
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