Com o aumento da expectativa de vida da população em todo o mundo e o avanço da medicina nos cuidados com a saúde, é natural que o envelhecimento traga alguns desafios. Entre eles, está o manejo das patologias decorrentes da degeneração das estruturas do corpo. Não há como fugir dessa realidade: com o tempo, o corpo se desgasta, inclusive os músculos, articulações e ossos da coluna. Hoje vamos falar sobre como esse processo afeta a nossa coluna lombar.
Vamos começar esclarecendo que o envelhecimento não deve ser relacionado a doenças e incapacidades, mas existem mudanças fisiológicas que precisam ser cuidadas. A idade é um dos fatores que influencia nas queixas de lombalgia relacionadas aos distúrbios degenerativos da coluna lombar, mas não é o único.
A degeneração da lombar deve ter especial atenção, pois é um dos principais fatores que afetam a locomoção, leva à perda de funcionalidade e incapacidade para trabalhar e para realizar atividades de vida diária, gerando perda da autonomia e dependência.
Tem início insidioso e é causada pela degeneração natural do processo de envelhecimento que afeta as estruturas da coluna vertebral. Como consequência, surgem alterações nas partes ósseas, tais como achatamento dos corpos vertebrais e perda de massa óssea, podendo predispor a fraturas, além de modificações no disco e nos ligamentos da coluna.
Embora um episódio isolado de dor possa diminuir de intensidade ou ter recuperação espontânea, este tipo de dor é, em geral, uma condição recorrente no idoso e que frequentemente evolui para um estado crônico, persistindo por mais de 3 meses.
A lombalgia pode ser primária ou secundária, pode afetar ou não os nervos gerando a ciatalgia e suas causas estão associadas a patologias inflamatórias, degenerativas, neoplásicas, defeitos congênitos, déficit muscular, predisposição reumática e outras. Outros múltiplos fatores menos específicos também podem estar associados como, por exemplo, fatores sociodemográficos (idade, sexo, renda e escolaridade), comportamentais (tabagismo e sedentarismo), fatores encontrados nas atividades cotidianas (trabalho físico pesado, vibração, posição viciosa e movimentos repetitivos) e outros (obesidade e morbidade psicológica).
Muitos casos podem necessitar de tratamento cirúrgico e a idade não é uma contraindicação para a cirurgia da coluna, nem um complicador. Ao contrário, a cirurgia da coluna lombar, com técnicas avançadas e minimamente invasivas, tem se mostrado segura e eficaz em idosos que não melhoram os sintomas com o tratamento conservador. Isso significa que a idade por si só não deve ser usada como critério único no processo de tomada de decisão cirúrgica.
Como em todos os casos, é necessária uma avaliação individualizada para a determinação do tratamento mais adequado, além de um monitoramento cuidadoso para evitar qualquer complicação no intra e no pós-operatório.
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